Vã Filosofia

Olá!

Já estava há alguns dias para vim aqui compartilhar com vocês algumas coisas. No entanto, a correria diária afastou a possibilidade de fazê-lo antes.

Ultimamente eu tenho lido bastante sobre o comportamento humano. São textos solicitados pelos professores na faculdade ou até mesmo textos que eu julgo interessante e leio (sim eu sempre arrumo tempo pra ler, nem que seja enquanto como).

As diversas teorias a cerca do tema se misturaram com os meus pensamentos, por vezes desordenados, e acabaram por despertar uma questão na qual, até agora eu não obtive resposta: Por que, desde o princípio dos tempos, se faz guerra em nome da defesa de duas verdades opostas se, na grande maioria das vezes, o indivíduo não conhece nem a si próprio, a sua própria verdade?

Isso me levou a escrever um texto-reflexão. Peço licença para mostrá-lo.

O Xenofobismo e o Eu desconhecido

Tenho pensado em mim. Pondero sobre “o até aonde eu posso chegar”. Quanto se sabe do seu próprio limite para tudo? Você talvez diga nunca roubar, mas nunca passou por um momento de extrema privação. Você talvez diga nunca amar, mas nunca foi de fato tocado no fundo da alma. Você talvez diga nunca matar, mas nunca odiou ninguém. Pondero sobre o Ódio e o Amor. Será que todas as vezes que você se achou amando você pensou nos limites para este Amor? O Amor tem limites? E quanto ao Ódio? Você talvez tenha pensado odiar alguém. Será que você algum dia se achou demoníaco por sorrir antes de dormir imaginando como seria delicioso fazer sofrer alguém que você julgou odiar? Você odiou alguém? Você já perdoou alguém que tenha odiado? Quantos olhares de descaso você foi vítima por ter perdoado algo que julgaram imperdoável? O que é algo imperdoável pra você?

Será que o homem que tira a vida de outro homem em nome de sua própria verdade já se fez essas perguntas? Será que o homem que julga a vida do próximo tão equivocada a ponto de não merecer ser vivida nunca teve dúvidas em relação as suas próprias verdades? O que é a Fé? Será a Fé algo inexplicável ou um subterfúgio por você não conseguir explicar a sua própria verdade? Será que um homem que afirma ter ouvido a voz de Deus julga algo imperdoável? E por que faria esse julgamento?

Por que a sua verdade é maior do que a verdade do seu vizinho se verdades mudam a todo o momento? Por que nos julgamos donos de uma verdade se a nossa visão da verdade muda durante vários momentos?

Por que minha própria verdade não pode ser encontrada?

Por que a sua verdade já foi encontrada?

Por que não admito a minha própria verdade?

Porque você não admite que ainda não encontrou a verdade?

Por que há a evolução, se não consigo saber o porque e no que estou evoluindo?

Por que se faz guerra, se o combate interno ainda não fora vencido?

(Igor André)

Bem, é isso...

Até a Próxima!

Pensamento do Dia: "Me deixem amolar e esmurrar a faca cega da paixão (...) eu não posso causar mal nenhum, a não ser a mim mesmo.." (Cazuza e Lobão)

Foto: O Homem Vitruviano (Leonardo DaVinci)

Ouvindo: O Silêncio pós pensamentos revoltos