"Antes de mudar o mundo, mudar a gente. Ajuda pra caramba..." (Renato Russo)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Especial de fim de Ano: Os Blogueiros e seus Cônjuges


Depois de uma breve pausa nos trabalhos aqui no Ordem devido as demandas Natalinas, estou de volta com esse que será o último post de 2009.

Eu pensei em fazer um texto falando de renovação, de novas possibilidades e de todas essas coisas que a gente fala no fim de ano, mas me deparei com esse Post do Janela de Cima. A Beta falou tão bem do tema que achei desnecessário falar mais do assunto além de deixar o link.

Porém, a idéia do meu Especial de Fim de Ano partiu de uma antiga curiosidade que tenho e que tentarei matar agora.

Se você é blogueiro(a) e tem nomarado(a), é casado(a), tem amante ou qualquer coisa que o valha, continue lento. O Post é pra você!


Você deve saber como é a rotina típica de um blogueiro. A gente expõe uma idéia (muitas vezes até intima), recebe comentários, debate o tema, visita outros blogs, discute os temas dos mesmos, achamos coisas ruins, mas também coisas muito boas. Fazemos contatos, fechamos parcerias, conhecemos novas pessoas, somos criticados, admirados e, não raras vezes...

Assediados!

Se você tem um blog e, mais do que isso, “respira” na blogosfera irá concordar comigo. Mesmo que o seu leitor não saiba como você seja fisicamente, por vezes ocorre uma atração pelo que você escreve, por suas idéias, pela maneira como as expõe, sua simpatia em lidar com o público, enfim. Essa atração pode se transformar em admiração que por sua vez pode ser expressa através de comentários que, com maior ou menor intensidade, denotam um desejo genuíno de aproximação. Em outras palavras, não é difícil que o leitor tenha vontade de ter dar um pegas se apaixone por você.

Eu freqüento diversos blogs de opinião escrito por mulheres. Os temas vão de “escolha de sapato” até o “tamanho ideal da ferramenta do parceiro” passando por todo um leque de assuntos que revelam muito deste “universo feminino” que ainda é um mistério para os homens. Ora, é natural que se desperte uma vontade de conhecer melhor a mulher por trás das palavras. Claro que elas podem dizer melhor que eu, mas a julgar pelos comentários em seus blogs, ter que lidar com o assédio de leitores já faz “parte do trabalho”.

Vale lembrar, no entanto, que o assédio não ocorre somente com as mulheres. Muitos blogueiros também tem que lidar uma vez o outra com indiretas muitas vezes diretas das suas leitoras leitoras.

A questão é que muitos de nós, blogueiros, são casados ou têm algum tipo de compromisso. O foco do post de hoje é tentar saber a maneira como você relaciona o blog, a blogosfera e seu companheiro e como ele se relaciona com os dois primeiros.

Então, hoje, mais do que nunca, o espaço do Ordem é todo seu:

Como o seu blog e a blogosfera afetam (ou já afetaram) o seu relacionamento?

Em tempo, me desculpando pelo bordão, gostaria de mandar um Salve para:

Ao André do By Seyffert, pela jovialidade; Roberta Simoni do Janela de Cima pelos anos de amizade e pelo talento nato na lente e no teclado; a Kátia Ruivo, do Colcha de Retalhos, pelos ótimos posts e principalmente pela ótima iniciativa de fim de ano; a Luciana P. do Afrodite para Maiores, uma pérola da blogosfera recém descoberta; a Anna, Andréas, Mariana (por onde anda?) e Marie do Divã Rosa Choque, pelos temas variados e por aturar o “4º elemento”; a Vii do Dictum Et Factum, pelos temas pertinentes; a Lady do Pequeno Diário de Fracassos, pelo seu jeito peculiar de sempre enxergar a metade vazia do copo; a Amanda do Pingo de Gloss pelos textos que me fazem lembrar da época em que eu escrevia; ao Gui Pugliesi pela parceria recente; a Priscila pelas ótimas idéias sobre posts que eu acabo esquecendo (agenda 2010? Eu preciso!); a Mariana, que por anos foi uma das leitoras mais fieis (única) e que será sempre bem vinda; a Yaohanna companheira de jogo e leitora secreta; a Tatiana, minha garota, por ter me dado a idéia pro post mesmo sem saber e por me fazer acreditar que eu sou o cara mais sortudo do mundo...

E para todos que passam aqui regularmente, esporadicamente, que nunca passam, enfim...


Desejo a todos um 2010 melhor que 2009 em todos os sentidos, desde que para ser melhor, o seu ano não precise afetar o ano dos outros. Fechado?

Então FELIZ ANO NOVO!!

Valeu a presença! Obrigado!

I.A.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Me segue no Twitter?


Não, o título do post não é pra você necessariamente me seguir no Twitter, embora se você quiser fazê-lo é só clicar aqui hehe.

O objetivo é tentar refletir um pouco sobre esta ferramenta que cada vez mais cai nas graças do povo brasileiro. Se você é como eu e ainda não entendeu muito bem a mentalidade que está sendo criada pelos brasileiros a cerca da “pomba azul” então vem comigo...

Antes. Tenho certeza que o meu leitor inteligente já subentende que o que será exposto aqui trata-se de conjecturas sobre alguns usuários do Twitter, talvez a maioria, mas não todos eles. Alem disso, são apenas idéias. Se certo ou errado, prefiro que você me diga.

Fechou? Vamos nessa...


Eu sinceramente já não lembro quando ou onde foi a primeira vez que eu ouvi falar no tal site em que você podia “falar qualquer coisa” em no máximo 140 caracteres. Mas lembro bem da minha reação: “Tá. Grande coisa. Qualquer um pode fazer isso através de um blog sem a limitação de 140 carcateres”. Desde então eu esqueci do tal Twitter.

Depois de algum tempo comecei a reparar no fenômeno que você já deve conhecer. Ouvia de um número cada vez maior de pessoas o diálogo de menos de 140 caracteres:

“-Vc tem Twitter?

-Tenho.

-Me segue. Eu to como ‘@qualquecoisa’”.

Eu ainda não sabia o que tinha de interessante, mas, óbvio, dada a minha curiosidade sem limites, eu fui pesquisar o que diabos as pessoas costumavam dizer em 140 letras (+espaço) e o que vi foram coleções de “frases de MSN”, próprias ou dos outros. Se você me conhece o mínimo deve ter idéia do que eu pensei daquilo a hora.

Mais algum tempo até que a uns 4 meses atrás, quando estava pensando em trazer o Ordem de volta a vida, eu me liguei que eu podia utilizar os 140 char’s para fazer propagando do blog, receber o retorno do pessoal e poder responder mais de perto os comentários.

Eu sei que agora você deve está imaginando “dãããã...ele inventou a roda em pleno século XXI”, mas, sem sacanagem, que eu pensei em utilizar o Twitter pra isso sem saber que no fundo ele é JUSTAMENTE pra isso.

Sério, pode até chamar de burro, mas eu não tinha me ligado na grande quantidade de pessoas públicas de qualquer esfera, sejam lojas, autores, blogueiros, pastores, personagens de ficção científica e tudo o mais, usam a ferramenta como uma forma de se aproximar de seu público (e para fazer o público se aproximar entre si) e não simplesmente para divagar idéias sobre o tempo ou pra falar de coisas super importantes para os outros, como “o Guilinguisinho tava muito fofo hoje” ou “Finalmente perdi a virgindade”.

Como disse ainda no início, não quero aqui dizer a maneira certa de utilizar a ferramenta. Claro que você, como eu, pode ser um “ilustre desconhecido” que queira de alguma forma registrar seus pensamentos. Até aí, beleza. Você pode usá-la da maneira que quiser. Mas pense bem antes de tornar o Twitter mais um lugar para as pessoas saberem (e tentarem tomar conta) da sua vida.

Pense nisso!

I.A.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Snap – Arrebentando as Pulseiras!


Salada Mista. Beijinho Mandrake. Tirar nó de papel de Halls. E agora... Snap! Surge mais um jogo onde os adolescentes podem explorar sua sexualidade “brincando”.

Ainda engatinhando em terras brasileiras, o Snap é um jogo que virou moda nas escolas britânicas e virou notícia por aqui recentemente. Trata-se de uma brincadeira onde os jovens usam pulseiras coloridas em que cada cor é um código equivalente a uma carícia que o possuidor da pulseira terá de fazer caso outro jogador a arrebente. As carícias vão desde um abraço até o ato sexual propriamente dito.

Alarmados com a notícia, pais e diretores já pensam em proibir o uso das pulseiras de borracha. Agora eu pergunto:

Proibir é a melhor solução?


No meu tempo as coisas não eram assim

Todos nós já ouvimos esta célebre frase do cancioneiro familiar. O problema é que com essa premissa, pais, avós, mestres e outros responsáveis acabam fechando os olhos para o presente. Não refletem sobre a realidade do mundo em que os jovens vivem e tornam-se inflexíveis diante das mudanças. O resultado? Jovens desinformados (muitos totalmente alienados) que transformam em brincadeira coisas que podem gerar conseqüências para o resto de suas vidas.

E engana-se quem pensa que as tais pulseiras coloridas são retrato de uma geração de jovens que por causa do acesso a Internet e ao apelo sexual dos programas de TV tiveram sua sexualidade aflorada desde cedo. No meu tempo de colégio já tinham (muitas) brincadeiras de conotação sexual que nada mais eram que desculpas para descolar uma ficada. Com 13/14 anos meu coroa já tinha comido sua primeira puta. E no tempo do meu avô provavelmente nessa idade ele também já tinha.

A diferença é que no tempo deles as mulheres eram quase totalmente reprimidas. Hoje sabemos que as coisas não estão bem assim.

Não acredito que Igor ta vindo com papo machista pela primeira vez depois de anos de blog! Calma, longe disso e pelo contrário. Não tenho absolutamente nada contra as mulheres terem os mesmos desejos que os homens, gostarem de sexo e quererem suprir-se disso. Eu tenho algo contra os pais que fecham os olhos para o que suas filhas querem fazer, fazem ou são capazes de fazer e sem querer acabam as obrigando a “se trocarem” em jogos “pseudo-inocentes” porque ainda não podem assumir perante a sociedade suas vontades sem sofrerem pressão por causa disso.

Cai minha cara de vergonha me deparar com pais que proíbem suas filhas de saírem com medo do que elas podem “aprontar”, mas não conversam com elas sobre a realidade, sobre o sexo e seus riscos. Não querem saber nem se elas já transam ou se previnem quando o fazem. Não consigo imaginar a cara de um pai ao ser perguntado pela filha sobre os riscos de se fazer sexo anal. E eles não procuram o diálogo porque permanecer sem saber é mais fácil. O problema é que nem sempre o mais fácil é o mais correto.

E na escola não é diferente. Ensinam pra que serve o Aparelho Reprodutor na 7º Série e nas Feiras de Ciências os alunos aprendem como colocar uma camisinha. Tudo muito bonitinho e moderno. Até que surge, em suas caras pintadas de moralismo, evidências de que a molecada está mesmo trepando. Então eles não tardam em erradicá-las, seja proibindo o uso de uma pulseira ou chamando meninas em um canto para dizer que “aquela coleguinha que já transa não é boa influência”, fomentando o preconceito e a hipocrisia.

Muitos podem dizer que 12, 13 ou 14 anos não é idade para conversar sobre sexo, sair em balada e muito menos de fazer sexo. Concordo que uma mãe ou um pai não deveria falar de sexo com uma menina que ainda brinca de bonecas. Concordo que se deva, nessa idade, controlar horários e procurar saber sobre os lugares que seus filhos frequentam. Mas também há de se estar atento aos seus sinais. Eu que não sou pai consigo perceber de longe se uma garota ou garoto já beijou na boca e se pra ele isso já é corriqueiro ou ainda é novidade. Duvido que os pais não percebam. Mas ao invés de chamar para uma conversa franca, deixar claro que ele já percebeu as mudanças e tentar alí dar conselhos que vão ajudar sem reprimir ele prefere “esperar” e sempre dar um jeito de fugir da conversa. É mais simples. Dizer não quando os filhos pedem pra sair porque sabe que seus filhos já não são assim tão inocentes parece confortável porque quando fizerem merda lá fora vão poder encher a boca para chamá-los de irresponsáveis, fechando os olhos para a sua própria falta.

Tenho a sensação de que pais ultra-conservadores parecem não perceber o tipo de filho que podem estar criando. Não entendem que se seus filhos acatam uma decisão sem argumentos de forma passiva podem se tornar homens e mulheres fracos, submissos, Mansos. Por outro lado, podem também estar criando mentirosos que pensam que se podem mentir em casa e fazerem coisas escondidos, podem agir dessa forma pelo resto da suas vidas, seja no pessoal ou no profissional. Alguém assim é sério candidato a se tornar um mau-caráter de primeira categoria. Mas também parece ser mais fácil fechar os olhos pra isso.

E enquanto fecham os olhos e falta diálogo, sobra hipocrisia e falso moralismo. Crescem barrigas. Surgem Viciados. Surgem derrotados e submissos. Surgem cafajestes e aproveitadoras. Mas acima de tudo, em pleno seio da família...

Surgem Órfãos!

I.A. (porque certas coisas são importantes de dizer)

Observação Importante: acho válido deixar claro que tenho consciência de que existem muitos pais que não se enquadram nas características supracitadas e mais ainda filhos que foram criados por pais conservadores e nem por isso se tornaram fracassados ou maus-caracteres. Aqui, estou fazendo um estudo de caso e não qualquer tipo de generalização.

Aqui você irá saber mais sobre as pulseiras coloridas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mas não sei se dará certo...


Responda rápido e em poucas palavras: o que é preciso para que um relacionamento seja saudável e duradouro? A minha resposta seria Tesão e Confiança. Você pode ter pensado em outras palavras (como respeito, química, amor, paixão), mas posso apostar que a sua resposta se aproximou desses dois eixos. (Não? Então se manifeste. Novos pontos de vista são sempre bem-vindos).

É claro que esses dois fatores são altamente relativos e vão ser concebidos de maneiras diferentes de acordo com o casal e poderão oscilar quanto à intensidade e até mesmo o significado por trás de cada um. Dessa forma não irei me prolongar à cerca do que acho que deva ser um relacionamento considerando essas duas “grandezas”, até mesmo porque já fiz isso aqui em várias ocasiões.

Então, a questão mais importante é?

Um Relacionamento precisa mesmo ser Saudável e Duradouro?


Sendo direto: Saudável sim, Duradouro, não necessariamente.

É óbvio que um relacionamento precisa ser saudável. Ninguém, a não ser masoquistas convictos, desejam embarcar em uma relação de brigas constantes pelos menores motivos, cobranças, falta de sexo, entre outros motivos que acabam com qualquer possibilidade de uma agradável vida a dois.

Partindo desse principio, a duração de uma relação deveria estar em total acordo com a saúde do mesmo. E, ao contrário do que muitos pensam, acredito que adoecer uma relação não seja tarefa de longo prazo. Pode acontecer em um mês, uma semana, um dia ou até em uma conversa. E nesse momento, o término é bem-vindo, não importa se você tenha 5 anos ou 2 semanas de namoro (ou até de casamento).

Sendo assim, por que muitos têm medo de embarcar em uma nova relação diante da possibilidade de que ela não dure?

Peço licença ao pessoal do Divã, que estão fazendo um ótimo trabalho na coluna Deitando no Divã, para roubar o trecho de um e-mail enviado por uma de suas leitoras:

Jú de 17 anos diz:

Ele é sempre super atencioso comigo e um amor de pessoa, mas ele é galinha, tipo namora em média uma garota a cada 2 meses, eu não sei se ele quer ser só meu amigo ou quer algo mais, e também obvio que não quero ser mais uma dessas garotas de 2 meses (...). Ele já me convidou várias vezes pra sair,eu sempre dou bolo nele,tenho medo dele tentar algo e eu não resistir, me envolver e depois ele me largar como as outras!


Estou certo de que não é a primeira vez que você vê um caso assim. Então qual é o conselho que você daria à menina?

Peço que preste atenção nessa história

Era uma vez casal que havia se conhecido por acaso através de uma amiga em comum. Ele havia acabado de sair de um relacionamento de anos e ela estava no esquema “balada/pegação/desapego-total-a-qualquer-tipo-de-relacionamento-sério”. O cara também não queria nada sério agora que havia descoberto os prazeres de uma vida de solteiro.

Um belo dia, depois de conversas recheadas de flertes e indiretas eles se pegaram. Se pegar é bem a palavra, já que ambos só queriam curtir o que o outro tinha de bom e pular fora quando aparecesse algo de ruim. Só que o “algo de ruim” não apareceu e eles se pegaram 2, 3, 4, 20 vezes...

E quer saber? Era tão bom que valia a pena continuar. Valia a pena deixar de pegar outras pessoas diante do risco de não poder pegar mais um ao outro. Valia a pena conhecer os pais um do outro. Valia a pena colocar "namorando" no Orkut. Valia a pena dizer que se amavam. Porque viram que já existia algo muito mais forte do que a pegada. E esse algo mais forte fazia valer a pena querer passar mais tempo um com o outro mesmo que não estivessem se pegando.

E depois de quase dois anos continua valendo a pena. E eles sabem bem que quando não valer mais, cada um vai seguir seu caminho sabendo que sem perceber viveram algo tão intenso que será difícil não abrir um sorriso quando lembrarem um do outro...


Percebeu onde quero chegar?

Acredito que seja preciso superar essa coisa de “paixão à primeira vista”, “amor platônico”, “medo de se envolver” entre outros mitos sociais que absorvemos sem refletir sobre eles. Eu honestamente duvido que você continue “apaixonado(a)” por alguém que parecia perfeito, mas que na primeira noite tenha se mostrado um fracasso total. Ou, em médio prazo, revelasse manias com as quais você definitivamente não conseguiria conviver. Não vou entrar com exemplos porque sei que sabe do que estou falando.

Não existe (ou não deveria existir) mágoa em um pé-na-bunda quando se sabe que algo em você não agradou aquela pessoa, afinal, da mesma forma se alguma coisa não lhe agradasse nela você também cairia fora, não é verdade? Se disser que ficaria por pena, vai merecer uma surra de cipó-camarão.

Não é aconselhado envolver sentimentos profundos de apego ao outro no inicio de uma relação. Isso acontece naturalmente com o tempo, mas não é verdade que aconteça de início, a não ser que você permita que aconteça devido a um caso de dependência crônica do outro, que precisa de ajuda profissional para ser tratado. Espero que não seja esse o seu caso.

Portanto, deixar o barco correr suave é a melhor opção. Aproveite o que a pessoa tem a lhe oferecer de melhor e faça o mesmo. Não espere envolvimento imediato e procure não se envolver também.

Em suma: imagine um relacionamento como uma festa: se está boa, você aproveita ao máximo e lamenta muito quando acaba. Se está ruim, você vai embora mesmo tento, talvez, pagado caro pelo convite. No fundo, você sabe que outras festas virão e com elas novas possibilidades.

Então, se você está em uma boa festa, aproveite ao máximo e trabalhe para que ela não acabe. Se a festa está ruim não pense em prolongar sua presença nela. Afinal, o mundo está repleto de festas. Boas e Ruins. Cabe a você decidir se vai perder boas festas por medo de ir em uma ruin.

Pense nisso.

I.A.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Analisando o Mistério #3 - Barba: Ter ou não Ter?


Engraçado. Quando meio veio à mente a idéia de falar sobre este que é um assunto que causa tanta discórdia no universo feminino eu pensei: “por que eu ainda não havia levantado essa lebre no Ordem?” Quem me conhece sabe o quanto oscilo entre ter ou não ter barba - embora há muito já tenha deixado de ser apenas uma questão de peackoing* - então seria natural que falasse do assunto em “outros tempos”. Às vezes quase sempre me surpreendo com a forma como as coisas acontecem na minha cabeça...Mas vamos ao que importa?

Qual a sua opinião sobre a barba?

* peackoing é um termo em inglês para o termo “pavonear” que seria um artifício utilizado para atrair o sexo oposto tal como faz o pavão com sua plumagem. Este artifício pode ser qualquer coisa desde um acessório diferenciado, corte de cabelo e até mesmo uma barba!



Como eu disse lá em cima, a barba é motivo de discussão no universo feminino. Óbvio que eu nunca anotei, fiz gráfico ou nada disso, mas o meu “desconfiômetro” me diz que a balança está bem equilibrada quando o assunto é gostar ou não de homem de barba. Inclusive já ouvi até mulheres que gostam da aparência do homem de barba, mas não apreciam o contato com a pele. Daí já se tem idéia do quanto o assunto é cabível de discussão.

Então o debate sobre barba passa por dois pontos: Aparência e Contato.

Tenho impressão de que para as mulheres, a barba exala um “quê” de dominação, de segurança, força, até mesmo confiança. No entanto, esse meu ponto de vista não passa de especulação. Seria necessário um aprofundamento maior para chegar a algo mais concreto. Por exemplo: todo homem de barba denota este aspecto dominador? Um homem sem barba pode ter cara de cafajeste?

Note, porém, que a discussão até aqui aborda somente a aparência. É obvio que o fato de ter ou não barba pouco influenciará na verdadeira personalidade de alguém, embora influencie sim na imagem que passa. Talvez menos que o olhar ou a linguagem corporal, mas influencia...Me veio à mente agora algo relevante: homens que deixam a barba crescer o fazem por terem, inconscientemente, um potencial para a dominação e por isso cultivam algo tão característico ou deixam a barba crescer para parecerem mais dominadores, ainda que não o sejam?

Essas eu deixo pra você me dizer.

Falemos então do toque...Por motivos óbvios eu não poderei me aprofundar nessa questão (não, eu não iria gostar definitivamente de uma barba roçando no meu pescoço...). Mas nem por isso vou deixar de dar minha opinião, mesmo superficial. Deixando de lado qualquer possibilidade de me defender de galhofas futuras, eu realmente acho que, na posição de mulher, eu não iria apreciar muito o toque da barba, principalmente as ditas “por fazer”, que são o tipo de barba que costuma chamar mais atenção das mulheres no que tange a aparência. Ela é áspera e muito provavelmente incomoda ao toque, além de possivelmente machucar dependendo da intensidade do contato. No entanto eu conheço quem descorde totalmente de mim. E não são poucas. Portanto, a polêmica ainda reside na questão do toque, além da aparência.

Sendo assim, a discussão a cerca da barba parece se tornar ainda mais polêmica. Pra você, um homem deve ou não deve ter barba? Por causa da aparência ou do toque? Vale a pena agüentar um em detrimento do outro?

Não deixe de opinar! Não me faça botar as barbas de molho...

I.A.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pontos Corridos ou Classificação?

Depois de 17 longos anos o Flamengo volta a ser campeão brasileiro. Após uma grande arrancada a partir do segundo turno o Rubro Negro chega ao título após uma vitória apertada contra o time do Grêmio ontem (6/12) no Maracanã, quando durante toda a semana anterior à partida houve a discussão se a equipe gaúcha deveria ou não entregar o jogo ao Flamengo para não correr risco de ajudar o seu maior rival, o Internacional de Porto Alegre.

Qualquer torcedor consciente que tenha visto o jogo do Maracanã não vai falar que o Grêmio facilitou para o Flamengo. Aliás, pelo contrário, a equipe gaúcha lutou surpreendentemente pela vitória, chegando a deixar um Maracanã com 85 mil pessoas calado diante do gol que abriu o placar. No entanto, a discussão que atravessou toda a semana e o movimento “entrega grêmio” cuja Comunidade no Orkut superou 100.000 torcedores trouxeram de volta a tona uma questão a cerca do Brasileirão:

O Sistema de Pontos Corridos realmente é mais justo se comparado ao Sistema Classificatório?

Façamos uma breve comparação.

No Sistema de Pontos Corridos o time com melhor aproveitamento no campeonato (ou seja, o melhor) é considerado campeão. Na era da Classificação, um time na oitava posição com, sei lá, 50 pontos, poderia ser campeão em detrimento do primeiro colocado com 80 pontos. Como? Pelo sistema de playoff (ou mata-mata, em bom português futebolístico). Acredito que não há dúvidas quanto à justiça do sistema de Pontos Corridos se olharmos superficialmente.

Entretanto, neste ano, onde tivemos talvez o campeonato mais disputado da história dos pontos corridos (e o mais emocionante também, diga-se de passagem), a possibilidade do Grêmio entregar a partida, somada com a notória apatia Corintiana contra o Flamengo e ao fato de certos torcedores do Botafogo chegarem a pensar na possibilidade do time entregar o jogo para o São Paulo mesmo com o clube ameaçado pelo rebaixamento, colocam em xeque, sob o meu ponto de vista, o critério exímio dos pontos corridos.

Ora, se um time entrega uma partida qual será o mérito do vitorioso? Que ninguém diga que houve isso por parte do Grêmio contra o Flamengo, cujas vitórias, na partida e no campeonato foram totalmente merecidas (detesto admitir!).

O gremista e o corintiano podem dizer que derrotar o Flamengo seria o mesmo que ajudar seus principais rivais e que dessa forma não faria sentido fazê-lo uma vez que para si próprios o campeonato já havia acabado. Eu não lhes tiro a razão. E também não condeno a “falta de profissionalismo” dos jogadores do Corinthians, que só não foi mais criticado pela Imprensa Paulista por se tratar exatamente do “Timão”. Vejamos então o caso do Grêmio ontem.

Dentre os oitos garotos que foram titulares, alguns sequer haviam pisado no gramado do Maracanã. Se entregassem a partida seriam execrados pela Imprensa. Não duvido que sejam criticados pelos gaúchos por jogares do jeito que jogaram (profissionais buscando a vitória)(nota: quando escrevi este post ainda não havia visto o ocorrido no retorno ao Rio Grande do Sul). Não quero imaginar no que poderia acontecer se esses moleques conseguissem uma vitória fora de casa contra o Flamengo e por conseguinte garantissem o campeonato para o Internacional.

Além te tudo ainda temos a situação do Flamengo, o time mais odiado do Brasil, exceto pela sua própria torcida e alguns outros poucos, que além da polêmica do campeonato de 87, ainda terá de lidar com comentários maldosos a cerca do “mérito” de ter ganhado um campeonato cuja torcida adversária fizera um movimento para seu time entregar a partida.

Diante de todos esses fatores, a idoneidade para a justiça do sistema de Pontos Corridos torna-se discutível. Ao passo que a grande desvantagem do sistema Classificatório está na possibilidade de uma equipe com menos pontos que outra vencer o campeonato.

E fica a pergunta: você prefere o Sistema de Pontos Corridos ou o Classificatório? Tem sugestão a cerca de um terceiro sistema que julgue mais justo? Não deixe de dar sua opinião!

Em tempo, gostaria de parabenizar ao Fluminense pela arrancada histórica para se salvar do fantasma do rebaixamento. Dificilmente teremos oportunidade de ver algo parecido com o que os “guerreiros tricolores” fizeram nas últimas rodadas do Brasileirão mesmo eu tendo torcido tanto contra...

I.A

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Segurança em Greve?

No fim do ano passado, mais precisamente em Outubro, a cidade de São Paulo presenciou uma situação curiosa: um enfrentamento entre policiais. O choque ocorreu quando a polícia militar tentou coibir uma passeata promovida pela policia civil que naquele momento estava em greve em protesto aos baixos salários e às baixas condições de segurança do efetivo.

Depois de um ano a situação não foi plenamente resolvida e a possibilidade de uma nova paralisação parece cada vez mais perto de tornar-se fato. Ninguém melhor do que alguém que conheça a realidade paulistana para discutir a situação. Portanto, com a palavra, Guilherme Pugliese.


Começo com uma pergunta: a greve policial é plausível tendo em vista que cabe a polícia o dever de manter a ordem? Quero dizer: imagina o que aconteceria se todas as entidades com esse dever resolvessem entrar em greve?

Refleti sobre ocorrido em São Paulo, e me perguntei se realmente é possível, em um País onde as forças policiais trocam tiros com bandidos em plena luz do dia, onde incursões de tropas como o BOPE no Rio de Janeiro e a ROTA em São Paulo serve de modelo de treinamento urbano até para a SWAT, ficar, seja por um dia, sem policiamento, visto que é senso comum a carência de efetivo nas ruas das grandes cidades.

Mesmo ciente da situação precária que permeia a vida profissional de um policial brasileiro, gostaria de terminar o post chamando atenção para uma frase do Hino do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro:

"Se na paz a missão que nós temos é zelar pela ordem e a tranqüilidade"

A questão a ser discutida é: a Greve Policial deveria ser coibida e/ou proibida ou essa medida fere o direito do trabalhador de poder reivindicar por melhorias?

Guilherme Pugliese

Abaixo, um vídeo do confronto ocorrido no ano passado.


Eu?

Minha foto
Cabo Frio, Rio de Janeiro, Brazil

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