Quem conta um Conto....
Saudações!!!
Acredito não ser segredo pra ninguém o meu apreço pela leitura. Mas o que talvez não seja do conhecimento do leitor é fato de um de meus “sonhos adolescentes” ser justamente o de escrever um livro. Um sonho tipicamente nerd como eram também o de criar um jogo eletrônico, trabalhar para uma revista de RPG e o de ler histórias da Turma da Mônica Jovem. Sério mesmo. O mais curioso é que consegui, embora parcialmente, realizar a maioria deles, mas isso não vez ao caso no momento.
Mas e o livro?
Pois é, o livro ainda não foi escrito. No momento, me contento em escrever Contos. Livros de contos estão entre os meus favoritos, principalmente os de horror pessoal (Stephen King, Lovecraft e Neil Gaiman) e os de fantasia medieval (RA Salvatore, J.M. Trevisan, Leonel Caldela). Além desses, algo que sempre me atraiu foram histórias eróticas, como por exemplo, as contadas por nomes notáveis que vão desde o Marquês de Sade até Nelson Rodrigues passando pela minha prima Luciana Santos, que incorpora o erotismo em seus textos como poucos escritores – sem querer babar o ovo.
Na hora de escrever, no entanto, sempre me senti mais à vontade com o gênero de fantasia, fonte bastante experimentada através autores como os supracitados. Porém, em Arauto de uma Nova Vida, tentei algo mais audacioso: incorporar em um texto fundamentalmente medieval, um mini-conto de conteúdo erótico. O resultado você pode conferir logo abaixo.
Antes, em um lugar longe dali, inúmeras velas crepitavam em um quarto pouco iluminado. O aposento era grande. Os quadros nas paredes. O tapete no chão. A cama e a mobília de madeira nobre. Os lençóis de veludo luxuoso. Tudo fazia daquele lugar, algo digno de reis. Aquecido pelas chamas e iluminado apenas pela luz de velas.
Yurick estava na cama. Tinha um cálice de prata em sua mão. Tomou um gole do líquido e a manga de sua blusa deslizou por seu braço revelando um sem número de cicatrizes. A blusa era de um linho tão puro e fino que denunciava sua nobreza, enquanto o seu torso bem torneado à mostra garantia-lhe um ar de despojo. O azul dos seus olhos refletia a luz tímida do ambiente enquanto brilhavam apontando em uma única direção.
A mulher havia entrado no quarto há pouco. Seu longo vestido de seda parecia hipnotizar o olhar do general. As velas contra o vestido revelavam o contorno de seu belo corpo jovem. Estava descalça. Uma delicada jóia adornava-lhe tornozelo, dançando leve a cada passo. Passos lentos em direção a cama. O andar de Morgannah era tão leve, tão silencioso, que se comparava ao de uma tigresa à espreita. Seus olhos também não dispensavam o jeito felino. Era selvagem...Um sorriso malicioso nasceu em seus lábios quando tomou para si o cálice de prata e o levou a boca. A ponta de uma adaga de ouro pressionou levemente o peito de Yurick como se saída de lugar nenhum quando tentou abraçá-la. A língua furtiva sorveu gotas de vinho de seus lábios enquanto seus olhos penetravam os olhos do seu amado.
A ponta da adaga deixou o pequeno ponto vermelho no peito e deslizou pelo abdômen num passeio leve, distraído. O metal frio, a dor leve da lâmina e a excitação do momento causavam um arrepio intenso no general. Morgannah encarava-o com um olhar misto de malícia e inocência. Súbito, um suspiro. O passeio de sua lâmina foi interrompido por um movimento brusco. Seu pulso levemente torcido. Imobilizado. A seda do vestido negro dançou acariciando sua pele alva até deixar parte de um de seus seios à mostra. Uma mordida leve em seu lábio inferior desafiou a boca de Yurick. Um beijo intenso e duradouro, intercalado por gemidos contidos. O cálice caiu e derramou seu líquido vermelho no tapete quando as mãos se uniram. Tenderam aos lençóis.
A sincronia da cópula gerava uma sensação ilusória de dois corpos sendo um só. Talvez o fossem. Suas mãos buscavam o alívio de um prazer que beirava a dor no corpo do outro. Quando as pontas dos dedos não aliviavam, eram as unhas que o fazia. Quando não as unhas, os dentes, os lábios, o próprio corpo, em uma dança de sedução infinita. Os gemidos já se tornando sofreguidão. Os movimentos dos quadris involuntários. E assim permaneceram enquanto o tempo distorcia-se ao redor como se quisesse tomar parte daquela dança.
Yurick experimentou como nunca à intensidade do prazer que o dominava. Corpo. Mente. Espírito. Entregue plenamente ao êxtase daquele momento, o general envolveu sua amada nos braços fortes contra o peito nu, mordeu-lhe o pescoço em um último ato falho de resistência. A explosão deixou o seu íntimo em um turbilhão de emoções desconexas que traziam consigo uma única certeza. E ofegante, o general de muitas vitórias, frágil como uma criança, sussurrou tímido, entregue, indefeso no ouvido de sua amada – Eu amo você, Morgannah...
Então é isso. Como disse anteriormente, o erotismo não é a “minha praia” na hora de escrever, mas admito sem modéstia que fiquei satisfeito com o resultado.
E você?
Em tempo, se quiser dar uma conferida no conto inteiro, basta vir por aqui.
Até a próxima!
Mas e o livro?
Pois é, o livro ainda não foi escrito. No momento, me contento em escrever Contos. Livros de contos estão entre os meus favoritos, principalmente os de horror pessoal (Stephen King, Lovecraft e Neil Gaiman) e os de fantasia medieval (RA Salvatore, J.M. Trevisan, Leonel Caldela). Além desses, algo que sempre me atraiu foram histórias eróticas, como por exemplo, as contadas por nomes notáveis que vão desde o Marquês de Sade até Nelson Rodrigues passando pela minha prima Luciana Santos, que incorpora o erotismo em seus textos como poucos escritores – sem querer babar o ovo.
Na hora de escrever, no entanto, sempre me senti mais à vontade com o gênero de fantasia, fonte bastante experimentada através autores como os supracitados. Porém, em Arauto de uma Nova Vida, tentei algo mais audacioso: incorporar em um texto fundamentalmente medieval, um mini-conto de conteúdo erótico. O resultado você pode conferir logo abaixo.
*****
Antes, em um lugar longe dali, inúmeras velas crepitavam em um quarto pouco iluminado. O aposento era grande. Os quadros nas paredes. O tapete no chão. A cama e a mobília de madeira nobre. Os lençóis de veludo luxuoso. Tudo fazia daquele lugar, algo digno de reis. Aquecido pelas chamas e iluminado apenas pela luz de velas.
Yurick estava na cama. Tinha um cálice de prata em sua mão. Tomou um gole do líquido e a manga de sua blusa deslizou por seu braço revelando um sem número de cicatrizes. A blusa era de um linho tão puro e fino que denunciava sua nobreza, enquanto o seu torso bem torneado à mostra garantia-lhe um ar de despojo. O azul dos seus olhos refletia a luz tímida do ambiente enquanto brilhavam apontando em uma única direção.
A mulher havia entrado no quarto há pouco. Seu longo vestido de seda parecia hipnotizar o olhar do general. As velas contra o vestido revelavam o contorno de seu belo corpo jovem. Estava descalça. Uma delicada jóia adornava-lhe tornozelo, dançando leve a cada passo. Passos lentos em direção a cama. O andar de Morgannah era tão leve, tão silencioso, que se comparava ao de uma tigresa à espreita. Seus olhos também não dispensavam o jeito felino. Era selvagem...Um sorriso malicioso nasceu em seus lábios quando tomou para si o cálice de prata e o levou a boca. A ponta de uma adaga de ouro pressionou levemente o peito de Yurick como se saída de lugar nenhum quando tentou abraçá-la. A língua furtiva sorveu gotas de vinho de seus lábios enquanto seus olhos penetravam os olhos do seu amado.
A ponta da adaga deixou o pequeno ponto vermelho no peito e deslizou pelo abdômen num passeio leve, distraído. O metal frio, a dor leve da lâmina e a excitação do momento causavam um arrepio intenso no general. Morgannah encarava-o com um olhar misto de malícia e inocência. Súbito, um suspiro. O passeio de sua lâmina foi interrompido por um movimento brusco. Seu pulso levemente torcido. Imobilizado. A seda do vestido negro dançou acariciando sua pele alva até deixar parte de um de seus seios à mostra. Uma mordida leve em seu lábio inferior desafiou a boca de Yurick. Um beijo intenso e duradouro, intercalado por gemidos contidos. O cálice caiu e derramou seu líquido vermelho no tapete quando as mãos se uniram. Tenderam aos lençóis.
A sincronia da cópula gerava uma sensação ilusória de dois corpos sendo um só. Talvez o fossem. Suas mãos buscavam o alívio de um prazer que beirava a dor no corpo do outro. Quando as pontas dos dedos não aliviavam, eram as unhas que o fazia. Quando não as unhas, os dentes, os lábios, o próprio corpo, em uma dança de sedução infinita. Os gemidos já se tornando sofreguidão. Os movimentos dos quadris involuntários. E assim permaneceram enquanto o tempo distorcia-se ao redor como se quisesse tomar parte daquela dança.
Yurick experimentou como nunca à intensidade do prazer que o dominava. Corpo. Mente. Espírito. Entregue plenamente ao êxtase daquele momento, o general envolveu sua amada nos braços fortes contra o peito nu, mordeu-lhe o pescoço em um último ato falho de resistência. A explosão deixou o seu íntimo em um turbilhão de emoções desconexas que traziam consigo uma única certeza. E ofegante, o general de muitas vitórias, frágil como uma criança, sussurrou tímido, entregue, indefeso no ouvido de sua amada – Eu amo você, Morgannah...
*****
Então é isso. Como disse anteriormente, o erotismo não é a “minha praia” na hora de escrever, mas admito sem modéstia que fiquei satisfeito com o resultado.
E você?
Em tempo, se quiser dar uma conferida no conto inteiro, basta vir por aqui.
Até a próxima!