Um peso. Duas medidas.
Olá!
Depois da onda de posts engraçadinhos, volto com um assunto um pouco mais sério.
Pense comigo. Imagine-se ouvindo de alguém “eu fiz isso, mas você não poderia ter feito” em alguma discussão...
Não vou sequer mencionar uma causa hipotética para a discussão, mas posso apostar que a afirmação acima lhe causa, no mínimo, estranhamento. Ah não? Se manifeste, sempre gosto de conhecer outros pontos de vista. Sério.
Então, vejamos...
“Não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você”. Muitos já ouviram a oração, mas tem um detalhe que pouca gente percebe. Quer ver?
Suponhamos que você seja um dito ser humano de bem que nunca faz com outros o que não gostaria que fizessem com você. Tudo vai bem, até que outro ser humano “não-tão-de-bem-assim” age com você de uma forma que certamente não gostaria que agissem com ele...
E então, como você age diante dessa situação? Aí está o “X” da questão...
Não sei a sua resposta, mas sei que desde criança nos acostumamos a justificar atos pouco nobres com a célebre “foi ele quem começou”(Ah, fala sério, você nunca ouviu e/ou falou isso alguma vez na sua vida?). Pior. Algumas vezes a justificativa era aceita como fator real de absolvição. Como se retaliar também não fosse pecado...
Aliás, sei lá se é pecado ou não. Na própria Bíblia temos várias histórias sobre retaliações dos “povos de Deus” contra seus opressores ao mesmo tempo em que temos um Cristo que dava a outra face. Mas isso é papo para a minha monografia...
Estou longe de querer discutir o que é certo ou errado. Caótico, sou capaz de tentar enteder e até aceitar muitas atitudes terceiras para comigo independente do fato de me agradar ou não (como em Senhas, da Adriana Calcanhoto). Afinal, somos diferentes, porra!
E apesar de respeitar a máxima dita mais acima, não costumo me agradar e nem acreditar ouvindo coisas como “eu jamais faria isso”, “pode botar a mão no fogo”, etc. Muitos já ficaram putos comigo por eu agir dessa forma – “se pensa assim você não confia em ninguém”. Talvez estejam certos. Talvez a coisa não seja assim tão maniqueísta.Vai saber...
Sei, no entanto, que pessoas feridas são capazes de atitudes pouco nobres. Cruéis, até. Da mesma forma, sei que nem sempre saberemos quando e/ou porque ferimos alguém...
E quais serão as justificativas? “Foi impulso”?, “Foi você quem começou”? Ou ainda...“Jamais esperava isso de você”?
Essa é a questão, senhoras e senhores...Procurem evitar criticar as pessoas ao redor. Procurem não condenar demais supostos desvios de conduta. Procure não bancar o paladino e fazer marketing pessoal dizendo que nunca fez (jamais faria) nada que pudesse decepcionar os seus próximos (muitas vezes bem próximos).
Por que não?
Por que chega o Verão. E trás tentações com ele. Faz você agir de formar a parecer ser quem não é ou te permite fazer aquilo que gostaria, mas normalmente não tem coragem. Então verá que é tão falho quanto os que sempre criticou talvez pior. Será cobrado severamente por ter agido de forma contrária ao discurso.
Existe vergonha maior?
Ok. Provavelmente você vai dizer que estou errado (às vezes digo pra mim mesmo). Você vai dizer que com você é diferente (foi ruim me convencer do contrário). Talvez até esteja certo (Talvez eu me subestime). Mas não me peça pra botar a mão no fogo por alguém. Porque já perdi as contas de quantas vezes fui queimado (e já ouvi “não esperava isso de você”).
Tenho o dito!
Dedico este texto a todas as pessoas que acham que pimenta no cu dos outros é refresco.
Até!